Uma das consequências das mudanças climáticas é a maior propagação de pragas — um problema contra o qual a Mylva, empresa familiar que pesquisa, desenvolve, fábrica e distribui biocidas e complementos para o controlo de insetos e roedores, luta ativamente. A companhia catalã orgulha-se de ter concluído com sucesso a sua transição geracional ao comemorar o seu 35.º aniversário.

Os resultados comprovam isso: se em 2023 faturou 11,5 milhões de euros, com margem EBITDA de 15%, este ano prevê alcançar 13 milhões, quase 60% a mais que em 2019. O CEO, Albert Picas, explica que a empresa — fundada há 35 anos pelo seu pai, Mateu Picas — está imersa num projeto de expansão “para melhorar a sua capacidade produtiva”, iniciado com o novo laboratório inaugurado no ano passado em Sant Cebrià de Vallalta, no Maresme.

A Mylva, que emprega cerca de cinquenta pessoas, possui 19 produtos registados como próprios no regulamento de biocidas e 250 registos e autorizações em mais de trinta países. Além disso, nos próximos anos planeia adicionar ao seu catálogo 15 produtos que está desenvolvendo, dos quais 70% são considerados verdes ou de baixo impacto ambiental. “Estamos nos concentrando muito nessa direção, não só porque o mercado e a sociedade pedem-nos, mas porque também faz parte da filosofia da empresa”, comenta o CEO.

Isso exige “grandes investimentos” devido ao endurecimento da normativa europeia nessa área, que alonga os prazos e aumenta os custos, segundo Picas. “Há 30 anos eram usados produtos que matavam tudo, mas que eram muito prejudiciais ao meio ambiente e às pessoas”, ele explica. Hoje, porém, a forma de acabar com as pragas sofisticou-se, o que fez com que o setor se profissionalizasse muito na Espanha, acrescenta o executivo.